De acordo com o autarca, nos últimos sete anos a Câmara Municipal investiu cerca de 3,2 milhões de euros na construção ou requalificação de dez casas mortuárias no concelho vianense.
O novo equipamento municipal visa acolher os cidadãos num momento de despedida dos seus entes queridos, conferindo condições de dignidade e sobriedade durante as cerimónias fúnebres. “Este é um dos equipamentos cuja necessidade é mais sentida pela sociedade. Tínhamos, por isso, de encontrar um espaço que proporcionasse um fim de ciclo com a maior dignidade”, considerou Luís Nobre.
O Presidente da Câmara destacou “a proximidade ao centro urbano” da Casa Mortuária, situada na Avenida Capitão Gaspar de Castro, nos terrenos do Horto Municipal, aproveitando a proximidade ao cemitério existente e o enquadramento com a área ajardinada envolvente. “Esta obra permitiu a reformulação do jardim e a criação de um efeito cénico de harmonia e leveza, caraterísticas relevantes para os momentos de despedida”, vaticinou.
A construção conta com uma área bruta de 561,70 m2, agrega dois volumes, um mais baixo que se constitui como área de circulação e de ligação entre os diferentes espaços, visualmente aberto para a área ajardinada, e o volume mais alto, que integra as quatro salas mortuárias, mais fechadas para o exterior e com iluminação zenital.
A galeria que dá acesso às salas mortuárias, áreas sanitárias, salas de família e sala de apoio faz a comunicação entre os vários espaços exteriores, desde a área de acesso automóvel – com entrada pela Avenida Gaspar de Castro –, área ajardinada, até ao arruamento pedonal criado a poente e que faz a ligação ao Largo da Igreja do Convento da Ordem Terceira de São Francisco, Igreja de Santo António e galeria de acesso ao Cemitério Municipal.
As salas mortuárias que se distribuem ao longo da galeria correspondem a quatro espaços autónomos e foram projetadas para oferecer uma certa polivalência, podendo dois dos espaços constituir uma única área com maior capacidade – duplicação de área – após abertura da parede, que é constituída por painéis acústicos que separam as duas salas.
Cada uma das salas mortuárias tem um espaço específico para o féretro, que poderá ser fechado por painéis de vidro, constituindo um espaço ventilado e arrefecido, separado do restante espaço, mas perfeitamente visível.
O bloco de sanitários de apoio ao complexo encontra-se no extremo poente, ficando completamente oculto para o restante espaço, pois o acesso para o hall de distribuição desenvolve-se em sifão.
A partir deste hall encontram-se os sanitários femininos, masculinos e um comum para pessoas com mobilidade reduzida. Na continuidade deste bloco, mas com entrada direta pelo hall de entrada a poente, localiza-se a uma sala de apoio, com uma instalação sanitária privada. Ainda com entrada a partir deste hall, foram criadas duas salas reservadas para apoio às famílias. O espaço exterior foi também remodelado, criando uma área ajardinada com circuitos pedonais estruturados.