“Estes programas de cooperação transfronteiriça devem, acima de tudo, apoiar as regiões de fronteira. Se olharmos para o mapa de Portugal, 93% do território tem direito a aceder a este programa, ou seja, só fica de fora a Região Metropolitana de Lisboa. Não me parece, de todo, que seja correto”, afirmou Luís Ceia, naquela que classificou de nota de “preocupação” que fez questão de assinalar
O presidente da CEVAL, que discursava em Ponte de Lima, na sede da Comunidade Intermunicipal (CIM9 do Alto Minho, na sessão de encerramento do projeto Alto Minho 4.0, na presença de Ana Abrunhosa, disse que o Interreg V-A Espanha-Portugal (POCTEP), lançado para a cooperação transfronteiriça dentro do espaço europeu, em Espanha, é o programa com maior dotação financeira, quase 299 milhões de euros do FEDER, a fundo perdido”.
“Não posso deixar uma nota que nos preocupa a todos. Entendemos que estes programas de cooperação transfronteiriça devem, acima de tudo, apoiar as regiões de fronteira, mais próximas e mais densificadas, se o objetivo é que cumpra o seu desígnio”.
“As outras entidades, as outras regiões, têm outros projetos ou outros propósitos que, infelizmente, onde estas regiões não podem chegar. Aproveito a presença da senhora ministra deixar este repto. Para a próxima edição 21/27 já não iremos a tempo, mas estas coisas constroem-se com tempo e eu queria deixar aqui o meu aviso”, disse Luís Ceia.
Na sua intervenção, o presidente da CEVAL, que representa cerca de 5.000 empresas do Alto Minho que empregam mais de 19.000 trabalhadores, Luís Ceia deixou ainda uma nota de “contestação” que se prende com a recente constituição, em Vigo, na Galiza “do primeiro Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT) económico do Norte de Portugal e da Galiza, numa parceira entre a Confederação Empresarial do Alto Minho e a Câmara de Comércio de Tui.